CAPPUCCINO

Humor, Esporte, Informação e Novidades

Por Tawane Almeida




Eueides vibilia


LER

Por Lucas Ishikawa.
















Cá estou
Senhores senis ao meu lado
Mas sinto-me um pobre coitado
Por não ter mais os beijos teus

Cá estou
Confesso que sou bem tratado
Mas sofro, eu sofro calado
Por desejar ter te aqui

Cá estou
A tricotar ao fim do dia
Lembranças que eu já me esquecia
Por isso eu preciso cantar

O sonho
Não fica bem se detido
Bem sei, nosso amor foi bandido
Por ele achei a perdição

O sonho
Em sépia não deve ficar
Tua blusa ainda dança ao ar
Em viva cor de mamão

E eu
Vou ver-te? Ainda não sei
Me ouve? Eu sempre tentei
Em dúvida digo-lhe adeus

LER

Por Tawane Almeida

Metamorfose


 
 





 
 
 
 
 


LER

Por Lucas Ishikawa.



Já parou para pensar que não precisamos de mais nenhum sinal de pontuação sejam vírgulas pontos ponto-de-interrogações etc porque agora nós paulistas falamos sem nem deixar o outro falar num ato contínuo de não ligar para se estamos ou não sendo ouvidos pois o único desejo é mesmo soltar algumas palavras para ver se continuamos vivos o suficiente para poder formar algum raciocínio como se isso fosse algo que legitimasse a vida ou nos fizesse mais humanos ou mais reais quando o que acontece é justamente o contrário disso pois nós ficamos mais fora da nossa natureza com essas palavras e palavras que deviam servir apenas para se comunicar quando servem para mostrar que nós também não estamos nem aí para nada por isso que por puro ato de cidadania exacerbada de inutilidade trazemos o interlocutor para um estado de conforto social que só existe por repetições e repetições de ideais universais que não deviam ser considerados tão universais por irem muitas vezes contra cada universo particular que tenta ser exprimido quando não estamos muito bem com a sociedade que assombra a nossa vida mas por pura ingenuidade pensamos estar num estado de depressão que na verdade é um estado natural que não aparece sempre porém só quando menos esperamos por ele que logo vai embora por todos estarem muito atentos como sentinelas logo de volta bombardeando-nos com o senso comum que manda e exige que você ame os outros sendo feliz quando você quer se amar tranquilamente sendo triste reflexivamente pois sabe que a tristeza é inerente ao conhecimento que é o próprio desejo de viver caindo aí no grande paradoxo da vida pois quando estamos felizes de fato não precisamos viver não precisando nos manifestar continuamos mesmo assim a fazê-lo por não precisarmos ter nenhum conteúdo para tal dado que isso não estará fora de todas as outras coisas que já realizamos em vida mas sabemos fazer tão bem e o fazemos por sabermos o motivo óbvio que nos move que é que enquanto nossa manifestação não para não precisamos sequer parar para pensar o quão triste somos

LER

 
Por Tawane Almeida







 







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Por Tawane Almeida

 

 




 










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