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Imagens que falam

Postado por Valéria Rezende 16 de fevereiro de 2011

Por Valéria Rezende


Estamos na era do tudo comunicar. Nunca foi tão fácil (e tão instantâneo) a comunicação. Através de salas de bate papo, telefone celular ou emails: estamos conectados à esse movimento que explodiu com facilidade nos últimos anos. A imagem é o principal recurso utilizado para transmitir uma mensagem. Para falar a verdade, o primeiro recurso que o homem utilizou para transmitir uma mensagem foi a imagem (lembra-se das pinturas rupestres nas cavernas?)
Desse tempo pra cá, o homem foi adaptando esse recurso, porque afinal, a imagem é o melhor método para se expressar e, a busca pelos avanços nessa área (através de pesquisas e especulações) só testificam essa afirmação.
Após longos estudos de Leonardo da Vinci, a invenção da caixa¹ e a polaróide², hoje achamos extremamente comum e necessário a fotografia. A fotografia faz parte do nosso cotidiano, é usada para fins diversos (desde investigações à perfis de redes sociais).
Na tradução original: foto - luz, grafia - registro, "registro de luz". Esse registro viajou muito até chegar aos nossos celulares e iphones. Antigamente, as câmeras eram de uso restrito apenas parte da população e era utilizada para situações mais importantes(não que postar novas imagens no facebook não seja, não é?)
Lembra-se dos filmes? Lembra-se da expectativa que gerávamos dentro de nós para que as fotos fossem reveladas? Época diferente. Hoje temos imagens circulando via bluetooth e podem ser facilmente perdidas, descartadas, alteradas. E
Essa grande mudança nos proporcionou vantagens inúmeras, porém não é errado afirmar que, a arte da fotografia foi banalizada. Quem conhece fotógrafos sociais? Quem aqui tem um filme preto e branco em casa? Tudo sumiu. Afinal, ninguém precisa mais disso, todos temos uma Cybershot em casa ou uma câmera compactada em qualidade VGA no celular.
Acho que, se os tantos pesquisadores e colaboradores da descoberta do "registro de luz" tivessem a oportunidade de verem o quanto evoluímos nesses estudos e nossos inúmeros recursos de imagem, com certeza comporiam belíssimos retratos da vida, do pensamento e das ideias. Pensariam, antes de apertar o disparo, elaborariam fotografias que não registrassem apenas faces bonitas, mas sentimentos soltos e a realidade tal como ela é. A ilusão da facilidade e da inclusão sufocam as possibilidades de um retrato mais autêntico, de uma registro mais profundo... O valor se perde, quanto mais acessível um produto se torna.
E, enquanto, conversamos aqui, as imagens continuam a rodear o planeta, a provocar reações e emoções. A manusear todo o entendimento, a encher corações e mostrar soluções. Revelar dados e aplicar conceitos, fascinar ou iludir... As imagens falam, e isso é o bastante.




     Imagem da primeira fotografia permanente
    do mundo feita por Nicéphore Niépce, em 1825.


Notas:

¹ : Em 1888, a Kodak introduziu a primeira câmera de "caixa". Ela consistia de um jogo de lentes e um disparador de velocidade simples. O melhor de tudo era o fato de que a câmera carregava filme sufuciente para 100 fotos. Modelos mais recentes, lançados nos anos 50 incluíam flash. 

²: Empresa que fabricava um tipo de câmera que "imprimia" as fotografias instântaneamente.

 

2 comentários

  1. Depois de escutar 'o som do silêncio' do Lucas, agora consigo ver as "imagens falando em libras".. =S ..rsrsrs

    bjs

     
  2. Faby Says:
  3. Gostei do seu texto, principalmente da parte final. Parabéns!

     

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