Por Talita Magalhães Acordei. E logo percebi que não estava bem, porém não me dei ao luxo de ir ao médico. Deveria ser alguma virose. Aprendi com a saúde pública do meu bairro que se não é gravidez, e se não é gripe, só pode ser virose! Então tomei um xarope de groselha, e quando melhorei um pouco fui ao mercado. Eu tinha R$ 30,00 reais e precisava comprar: sorvete, pão, frango, uma escova de dente, leite condensado e uma vela para o filtro, e ainda precisava sobrar um pouco para carregar o bilhete, que voltaria a ter uso após o fim da greve dos ônibus, da minha região. Voltei para casa só com o pão, o sorvete, o frango e alguns trocados no bilhete. Depois do aumento do salário mínimo, tudo aumentou! Daqui a pouco com a mesma quantia, compro apenas o sorvete...
Chegando em casa “contemplei com muito gosto” o novo hino Brasileiro que tocava na casa do meu vizinho, Ai se te pego, do Michel Teló. Daqui a pouco essa música irá superar o recorde de Yesterday dos Beatles, mesmo sendo um infortúnio para gostos diversos. Resolvi ignorar o meu vizinho e fui assistir televisão, e percebi que todos estavam muito preocupados com a saúde do cantor Vando, já que a vida de uma celebridade vale por mil crianças africanas. Em outro canal passava a noticia do frio intenso na Europa, com várias mortes, e em seguida uma seção de desgraça alheia. Desliguei a televisão entediada, e fui escutar uma música de meu gosto: What A Wonderful World de Louis Armstrong. “Que mundo maravilhoso”. Sim, o mundo é mesmo maravilhoso. O problema é que não sei onde está o mundo da letra da música... E você, sabe?
Grande Talita!
Vamos apenas pensar... que mundo maravilhoso.
Belo texto.
Bela canção, apesar de extremamente idealista... O mundo nunca será perfeito.