CAPPUCCINO

Humor, Esporte, Informação e Novidades

Perfeitos?

Postado por Valéria Rezende 21 de dezembro de 2010

Por Valéria Rezende



Quando o assunto é Deus as pessoas meio que se fecham, se reservam. Logo pensam em religião, em regras, em doutrinas. Para muitos Deus termina num encerramento de um culto, num comprimento de uma promessa, no amém de uma oração. Há quem imagina Deus como alguém severo, como um ditador, como alguém distante.
Na verdade a revelação desse ser superior é tão maior. Mas enquanto todos estiveram guardando-o em caixinhas, em alguns minutos, em alguns encontros, é só assim que o conhecerão.
O mundo impõe regras para nos aceitar. Pense, somos o tempo todo reconhecidos pelo que fazemos, aprovados pelo que sabemos e amados pelo que somos capazes de entregar. Nos acostumamos tanto em adaptar-se ao mundo de alguém, a ter que fazer algo para ser aceito, para ser escolhido, que levamos essa concepção quando pensamos em Deus. 
Achamos que logo teremos que mudar, que negar nossa personalidade, que deixar nossa essência.  Não é errado pensar assim, afinal, nós somos meros humanos pequenos que ao se deparar com alguém tão grande se sente constrangido.
Mas, na verdade, não podemos limitar a Deus. E nem podemos imaginar que podemos aumentar seu amor por nós só por causa do que somos, fazemos ou o que pretendemos ser. A religião, sem dúvida, é um grande escape para quem quer sentir-se aceito,  para quem quer apegar-se a uma esperança. Mas as vezes, junto com ela, vem os julgamentos, as dúvidas, as doutrinas e muitas vezes, uma vida encapada. Encapada de peso, de fingimento, onde muitos têm feito o que não querem fazer e não fazem o que gostariam de estar fazendo. Tantos desses nem sabem porquê estão seguindo assim, em regras. 
O caminho de conhecimento a Deus começa pela aceitação. Cristo disse, venham como estão. Isso quer dizer que Ele não vai nos amar mais ou menos por causa do nosso cor de cabelo ou pelas gírias que falamos.
Em Eclesiastes 7.20 diz que Somos todos pecadores, não existe ninguém que faça sempre o que é correto, que nunca erre. Isso quer dizer que, nossos pecados existem, mas não podem competir com a Graça. E essa Graça é bem maior, e inconcebível.
Acho que todos nós já pensamos: Mas porquê dizem tanto sobre esse Deus? E porquê Ele me ama? Por que Ele nos criou? Por que deu Seu filho? Por que? ... Tantos questionamentos.
Mas eles não tem uma resposta definitiva, concreta, coerente. E acho que são essas questões que dão nome a essa coluna. São coisas que não podemos tentar decifrar. E é  pensando nessas coisas que chegamos a conclusão de que, se for tudo desse jeito mesmo que a bíblia diz e que o Mel Gibson transformou em filme, a perfeição não é necessária. Não é nenhum pouco necessária para aproximar-se da cruz. 
O indispensável é a fé. A convicção de que Ele nos quer, independente de qualquer coisa. A certeza de que nos aceita, nos perdoa, nos ensina. 
E é bem aí, quando juntamos essas reflexões que pensamos: Nós complicamos tudo! Tornamos o evangelho complexo, Deus Pai como Deus severo e trocamos o relacionamento pela religião, assim como a aceitação pelas regras.
Eclesiastes 7.29, diz isso: "Deus nos fez simples e direitos, nós é que complicamos tudo.'
Largue seus pensamentos de perfeição, seja você mesmo, afinal a única coisa que ele deseja é a sua sinceridade. Mas se você continuar com a mania de ser quem não é, Ele não vai mais reconhecer você.

 "O amor de Deus nunca cessa. Nunca. Mesmo que o rejeitemos, ignoremos, desprezemos, lhe desobedeçamos. Ele não muda. Nosso mal não diminui seu amor. Nossa bondade não pode aumentá-lo. Nossa fé não pode conquistá-lo, tanto quanto nossa estupidez não pode comprometê-lo. Deus não nos amará menos se falharmos ou se formos bem sucedidos. O amor de Deus nunca cessa."


0 comentários

Postar um comentário

Seguidores

Twitter