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Cada vez mais idosos estão deixando de ”ficar para trás” e interagindo com a sociedade moderna

Por Luciana Regina


No Brasil é somado mais de 21 milhões de pessoas acima de 60 anos, superando até mesmo índices europeus. A procura de condição de vida a estas pessoas está sendo cada vez maior.

O idoso não é mais visto apenas como alguém que passou da idade, e com isso não pode mais interagir com o restante da população. Foi desenvolvido sites para estes, para que então possa haver mais interação e até mesmo divulgar uma forma de envelhecer saudável.

Estes idosos passam também a assumir um espaço maior no mercado de trabalho. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE, as pessoas ocupadas com mais de 65 anos passou de 3. 317 milhões.

“Quando o aposentado entra novamente no mercado, ele tem a possibilidade de interagir e participar da vida social. Ele sai das condições de isolamento a que se submetia e tem a oportunidade de convívio com pessoas de outras idades”, afirma Maria Angélica Sanchez, presidente do departamento de gerontologia da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia.

Para a psicóloga e professora da PUC-RS Irani Argimon, o aumento da auto-estima é uma das maiores vantagens para o idoso. “Sentir-se valorizado e ainda capaz reforça os seus relacionamentos familiares e sociais e consequentemente os do trabalho.” E para ela um dos motivos que levam à volta ou à continuação no trabalho é a questão financeira, visto que a aposentadoria rebaixa em muito sua qualidade de vida.

Saúde em boas condições e a prontidão para novos desafios fizeram os idosos se tornarem fontes de sustento para suas famílias, segundo uma pesquisa realizada pelo banco HSBC e pelo instituto Oxford Institute of Ageing.

Escritores e pensadores tentaram tirar a ideia que há sobre os idosos, os que são considerados gagás, como os filósofos Platão e Cícero que defendiam a velhice. Segundo Plantão, a maturidade desenvolve o conhecimento que adquirimos ao sair da caverna da ignorância. Cícero concorda ao afirmar que a idade, longe de desqualificar, dá autoridade.

Os clássicos Voltaire — pai do iluminismo — , Victor Hugo e Tolstoi foram importantes referenciais até mesmo na velhice. Enquanto Voltaire era visitado por admiradores em busca de conversas profundas, Victor Hugo e Tolstoi ainda produziam na velhice — Victor Hugo produziu “Os miseráveis” e “O Corcunda de Notre Dame” com mais de 50 anos.

Mesmo com tantas demonstrações por estas pessoas da terceira idade, de que podem sim, interagir com quem é jovem, ainda há preconceitos, de quem não possui conhecimento, de que com eles podem aprender muito, até porque são eles que possuem a maior experiência e sabedoria de vida. E se houver atenção e respeito a estes, que deixaram um pouco de seus esforços para quem está usufruindo agora, sem dúvida teriamos uma sociedade mais respeitável e melhor. Afinal, como está escrito em um adesivo de carro "Velho é o seu preconceito”.
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Fontes:
http://opiniaoenoticia.com.br/cultura/os-velhos-sao-os-outros/?ga=dst1
http://odia.terra.com.br/portal/economia/html/2010/9/mais_idosos_e_menos_criancas_112952.html

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