Por Lucas Ishikawa
O criativo menino parou de dançar ao leito de morte dos pais
preferiu comer doce de abóbora
o vento batia sob minhas asas ao soar das duas da tarde
a mesa me contava como eram tardias as noites de verão
eu tinha certeza do que eu era, mas perdi a certeza do motivo
e todas aquelas palavras soltas para os meus companheiros
Minha voz se foi no mesmo instante
nada era mais importante
enquanto soltavam duas verdades simultâneas
eu não soube o que fazer
só sabia viver com uma coisa
e todos subiram aos casais
para me dizer o acontecido
eu já havia falecido
estava na nova terra
e a era também
tudo era novo
se viam onze dimensões
mas a maravilha era angústia
e a dor era única alegria
era necessário fugir
palavras foram com a voz
então simplesmente
simplesmente
fim
Magnífico!